domingo, 2 de dezembro de 2007

pai natal à pequim

Chego a casa após um fim-de-semana fora e deparo-me com o seguinte presente: um cartaz com um Pai Natal colado na parede entre o meu apartamento e o da minha vizinha da frente. Este não veio da Lapónia. Por sinal - e a julgar pelos caracteres pequeninos no canto inferior direito - veio directamente da loja de chineses lá da rua.
Se os meus vizinhos gostam de pendurar renas e bonecos de neve nas respectivas portas, fantástico. Eu, na minha porta, só gosto de pendurar as contas que ainda estão por pagar, e do lado de dentro de casa, de preferência.
Que diabo! Não percebo porquê toda esta histeria com o Natal, especialmente, quando ainda falta tanto tempo. Ninguém começa a pendurar coelhos da Páscoa nas portas ou a vender na rua cravos da revolução com três semanas de antecedência, caramba! Felizmente, este ano não tenho de levar com a árvore e a música do "Feliz Navidad" em loop na Praça do Comércio, enquanto espero pelo eléctrico.
Não me interpretem mal. Eu até gosto do Natal... Mas no dia 25 de Dezembro! Pronto, 'tá bem, e na véspera... Mas vai tudo dar ao mesmo. Ou seja, durante 23 dias vou ter de levar com a carantonha barbuda à minha porta. O que me leva a pensar em tomar algumas precauções... Convém não beber muito por estes dias, ou ainda apanho um valente susto ao subir as escdas e começo a dar murros na parede, julgando tratar-se dum ladrão...
Bom, resta-me tentar descobrir quem foi a "gentil" vizinha que teve a "amabilidade" de decorar desta bela forma a entrada de minha casa. E posso sempre devolver o Pai Natal chinês alegando que sou judia e que celebro o Hannuka . Sempre quero ver o que é que me vão depois colar na parede...

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