quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

ser "poortuguesa" é tramado...

Ora vamos por partes...
Chego eu a casa mesmo a tempo de ver as notícias das oito, convicta de que este segundo dia do ano me vai trazer notícias que compensem os centros de saúde a fechar e o aumento do preço dos transportes, e... pimba! Sou informada que os presidentes das empresas portuguesas podem ganhar até 30 vezes mais que os seus trabalhadores. Mais: que os salários dos gestores portugueses estão na média dos restantes países da União Europeia, mas que os ordenados médios dos restantes trabalhadores estão... digamos... abaixo do salário mínimo de muitos países. Pelo que me recordo da notícia, os portugueses que não são gestores (ou jogadores de futebol ou traficantes de droga ou prostitutas/os, já agora...) ganham uma média de 720 euros mensais. E eu que conheço tanta gente que nem isso recebe...
Posto isto, fui buscar a carta do banco que recebi logo a seguir ao Natal e que reza assim:
"Ex.mª Srª (...)
Aproveitamos para informar que nesta data foi alterada a taxa de juro nominal a cargo de V. Exª para 5,5800%, correspondente a uma taxa efectiva anual de 5,7249%. (...) Face ao exposto anteriormente, a prestação calculada para o contrato de V. Exª será, a partir desta data, de 401,51 euros."

Desta forma, com V. licença, aqui a V. Exª vai ali cometer um pequeno "suicídio em massa" com o felino com quem compartilha o espaço, o que equivale a cometer "harakiri" com um pacote de esparguete... Mas esparguete do Minipreço, que é mais barato!

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