
Após um dia de trabalho extenuante, chego a casa e deparo-me com uma vizinha na entrada do prédio, na companhia de um gato. "Que raio", pensei. "Não me digam que a Isabel agora arranjou um gato..." Nada disso. O bichano, aparentemente abandonado, foi salvo de ser atropelado por um carro ou um eléctrico. E que faço eu? Como se não tivesse já preocupações felinas suficientes, adopto o raio do bicho. E até o levo ao veterinário, porque tem uma patita magoada, e para me certificar que não tem doenças, parasitas, etc. Diacho! Mas porque é que eu não sei ficar calada? Quem não está a gostar muito da brincadeira é o Charingo. Especialmente porque o novo habitante, que deve ter uns seis meses, já tem a mania que manda cá em casa, e se apropriou do canto do sofá que é, por direito, do felino número 1. E entre duas rosnadelas aqui apresento o Charlot. É preto e branco, tem "bigodinho" e um certo ar de vagabundo. Depois de uma noite mal dormida, gostava que também fosse mudo...