sábado, 26 de janeiro de 2008

sublime

Ando completamente choramingas. Talvez seja da "provecta idade", talvez seja síndrome pré-menstrual, talvez seja por andar a beber mais água (se entra, tem de sair por algum lado...)... Ouço uma música que me faz sentir bem e... pimba! No cinema, uma imagem mais avassaladora, alegre, triste, tanto faz... pimba! Ando pelas ruas e até a beleza dum semáforo a passar de vermelho para verde me emociona. Um abraço mais sentido, e lá vêm elas...
Sinto o sublime em todo o lado. Se calhar é mesmo verdade, as memórias de vidas passadas estão cá, como que numa estranha reencarnação, e choramos ao reconhecer fragmentos dos percursos que fizemos, noutros corpos. Não sendo bem a mesma coisa, hoje de tarde ouvi uma música no final de uma sessão de cinema e encontrei uma memória de uma vida passada. E senti-me feliz, com a lágrima a despontar... O sublime rodeia-nos, basta querer dar por ele.


Paris, 2003


"Les Champs Elysées", Joe Dassin

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