quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
quarto 208
Cheira a caril no corredor. A câmara de vigilância faz-me encolher os ombros em redor da chave enquanto abro a porta. Automaticamente, luz e desconhecido, além. Adiante. Sem que nada se passe aqui, ela olha-me. É Aicha que retorna em mim, a das sandálias de plástico reles e pinturas azuis de pavão. A gaja não quer nada comigo, pá! Nada. Aceno-lhe, estendo-lhe a mão, pisco-lhe o olho, faço-lhe um gesto inequívoco. Nada. Deita-te aqui, deitas? Faz-me companhia, anda... A puta da gaja não me diz nada. Deve ser muda.
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