domingo, 6 de abril de 2008
santa apolónia
Através da janela do comboio uma lagartixa recorda-me-te. O cheiro gasto e queimado dos carris. Um cigarro. Em zigues e zagues, a lagartixa pisa com a rapidez da parede quente o muro de pedra. Estamos parados. 15, 16, 17 segundos. As margens da linha polvilhadas de destroço, uma mulher, além, apanha lixo para dentro de um caixote. E um puto, em Xabregas, puxa a manga do casaco da mãe e aponta em direcção ao céu. É aqui, o céu.
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