domingo, 13 de abril de 2008

poema da Deolinda

Menina ladina, cachopa vaidosa
De saia rodada e às cores
Canta rouxinol, tem a voz teimosa
É fado, é dor, suspiro de amores.
Traça o xaile, canta o que gosta
E manda vir, que a voz é grande
Vai um copo de três, vai uma aposta
Ou antes a dose que o freguês mande.
Sai um trinado, guitarra e boné
Agita as ancas, abre o peito e grita
Estão castiços, mesmo aqui ao pé
Mas com fado... ninguém acredita.


O poema é meu, mas o cantar é da Deolinda, que é linda.

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