domingo, 24 de fevereiro de 2008

café

- Boa noite. É aqui, o clube de jazz?
- É aqui mesmo...

A rapariga troca umas palavras imperceptíveis com os amigos. O teu cigarro vai queimando lentamente, tragado por um sorriso e uma noite fria. À porta, o fumo definha em arabescos de ritmo crescente. E a rapariga sobe as escadas. Não ficam. Descobriram um tesouro e não o aproveitam. Ficamos nós, suspensos em duas vozes que fazem amor em palco. Descobrimos um tesouro. E a noite jazz, devagar.

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