terça-feira, 11 de dezembro de 2007
escrever amor
enruga-te em torno dos meus olhos
Grita o teu corpo pelo meu
“Ouves?”
“Ouço.. Schhhh!! Deixa ouvir...”
Se fechar os olhos estás
Aqui comigo.
Ouço a tua pele gritar e o meu corpo
Dança para ti.
Suamo-nos.
Continuo de olhos fechados
E abraço-te.
És o meu poema de rimas ausentes.
Sou escrever para ti
Vamos?
Lambuzarmo-nos de palavras.
Foder como quem escreve
Escrever como quem fode.
Contigo. Para ti.
“Sentes?”
“O quê?”
“O silêncio que vejo aqui da janela...”
“Sim, sinto. Vejo a mesma noite
e as mesmas estrelas que tu”
Trazes as palavras à flor
Da pele.
Quando me descubro, em ti,
Todas as palavras se soltam.
E já não sou eu
Mas um poema
Moldado pelos teus dedos.
Saudade.
Toda.
Todo.
Tanto. E mais tanto...
“Escreve palavras no meu corpo”
Escrevo sim.
“Sou o teu caderno”
Abro-te, em gesto delicado.
“Usa-me!”
Sempre e sempre. Tanto.
Suave saudade eternidade eternecidade efemeracidade
Tanto, tanto!
Mordo a maçã suculenta e verde
E é a tua carne
E és tu nos meus lábios.
Polpa, língua, desfaz-se
Sem pecado, só prazer.
“Ouves o meu corpo gritar por ti?”
Traço a minha caligrafia tremida
Nos recantos de ti.
Faço da tua pele o meu caderno, vinco-te letras
Doces ou impulsivas
Na medida do prazer.
Vou, assim, escrevendo amor contigo.
Quero, assim, foder amor contigo.
“É teu, tão teu...”
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