Há dias, quando fazia uma entrevista a uma banda portuguesa, a certa altura, a conversa virou para outros temas que não os últimos trabalhos. Um dos elementos da banda referiu a importância que o nosso nome tem no desenvolvimento da pessoa que somos. Isto porque, defendia ele, ao longo da nossa vida somos constantemente "bombardeados" com as vibrações sonoras que o nosso nome transmite ao ser pronunciado por quem nos rodeia. E isso irá, com toda a certeza, ter um efeito sobre o modo como nos desenvolvemos física e psiquicamente.
Ora, não sendo eu uma pessoa dada a esoterismos - de facto, até sou bastante pragmática na maior parte das minhas acções e sentimentos - não pude deixar de ficar a pensar nisto. Já havia dedicado algum tempo a pensar como certas pessoas parecem ter um nome que lhes assenta que nem uma luva, que seria difícil imaginar certos indivíduos com outro nome que não o seu, o que é, claro está, fruto do hábito e do nível de familiariedade que temos com essas pessoas. No entanto, nunca tinha pensado que a "etiqueta" que nos colocam à nascença pode, de facto, determinar a pessoa em que nos tornamos.
Se isto está provado cientificamente? Provavelmente não. E também não fui perder tempo à procura de estudos que corroborem esta tese. Cá para mim, o tipo da banda até podia estar a alucinar em ácidos, que a mim tanto me faz. A questão é que o tópico me interessou. E porquê? Porque, tal como muita gente por esse país fora, fui "abençoada" com dois nomes: um nome próprio, bem bonito, por sinal (Laura) e um outro nome que, por razões de extremo embaraço, não vou revelar. Nada de anormal até agora, até porque, como toda a gente sabe, o segundo nome não tem outra função senão ser usado quando os nossos pais estão zangados e à beira de nos dar uma valente sova. Nada de anormal, vírgula, não fosse o caso de toda a gente da minha família e da terrinha onde vivi até aos 18 anos, me tratar somente pelo meu segundo nome.
Ou seja, se de facto as vibrações sonoras interferirem na minha psique, esta divisão entre "D. Jekyl" na minha vida quotidiana e "Mr. Hyde" quando vou a casa dos meus pais ou falo com eles ao telefone, só pode ter resultados nefastos no meu equilíbrio mental. Começo finalmente a perceber muita coisa...
sábado, 6 de outubro de 2007
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1 comentário:
:) ui, o segundo nome... tenho um pra troca que também me recuso a divulgar ***
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