Ando a ler "As Vinhas da Ira", do Steinbeck.
Esta parte parece-me apropriada para hoje. E para sempre.
"- Então não faz mais prédicas? - inquiriu Tom.
- Não, não tenciono pregar.
- Nem tenciona baptizar? - perguntou a mãe.
- Não vou baptizar, não. Vou trabalhar nos campos, nos campos verdes e ficar mais perto de toda a gente. Não vou tentar ensinar-lhes nada. Eu é que vou tratar de aprender. Vou saber porque é que os homens andam pelos campos, vou ouvi-los falar e cantar. Vou observar as crianças a comerem papas e os homens e as mulheres moerem os colchões à noite. Vou comer com eles e aprender com eles. - Os seus olhos tornaram-se húmidos e brilhantes. - Vou deitar-me na relva, aberta e honestamente, com quem me queira. Vou gritar e praguejar à vontade e vou ouvir as canções populares. É isto que é sagrado, isto tudo que eu não pude até agora compreender. Isto é que está certo e bem feito
A mãe disse:
- A... mén."
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Amen!!! (cuidado com os percevejos na relva)
Enviar um comentário