segunda-feira, 30 de novembro de 2009
luz verde
Percorro os metros de calçada no passeio que me leva a casa e percebo, a aproximar-se, a luz brilhante da loja de antiguidades. Sou uma Alice deste lado do espelho e salto para a montra onde o tempo parou, onde cada recanto é uma casa e onde cada objecto é uma personagem com vida. Percorro toda a extensão da montra para não perder pitada, para mirar de todos os ângulos, dou pulos de nariz no ar para ver o que se esconde lá atrás. Os cristais dos candelabros no tecto soltam chispas de luz e tremem à passagem do eléctrico. Sob os meus pés as pedras movem-se. Os candeeiros gémeos sorriem-me, como fazem todas as noites. Um deles diz-me "até amanhã" e eu sigo, então, com luz verde cá dentro.
domingo, 29 de novembro de 2009
suficiente
nunca o suficiente
nada suficiente
não bela
não grande
ou inteligente
não satisfaz
não extraordinária
não diferente
o suficiente.
não importante
não profunda
não amorosamente
supostamente
envolvente
o suficiente
não eu
o suficiente.
nunca
praticamente
o suficiente.
nada suficiente
não bela
não grande
ou inteligente
não satisfaz
não extraordinária
não diferente
o suficiente.
não importante
não profunda
não amorosamente
supostamente
envolvente
o suficiente
não eu
o suficiente.
nunca
praticamente
o suficiente.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
dominó de roda
A passarola é batoteira, mas eu gosto dela - e do fabuloso dominó de roda, que um dia ainda lhe hei-de roubar - e está quase a fazer um ano que nos conhecemos, ao som da melhor música no "Santiago Optimista" ;)))
sábado, 21 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
ouve-se hoje neste t1 #18
Sorriem-me os cantos dos lábios enquanto ergo as mãos ao alto e canto em louvor de coisa nenhuma, só porque "Strictly Game", do álbum Technicolor Health dos Harlem Shakes me faz crer que amanhã será melhor. Tem que ser. Make a little money, take a lot of shit / Feel real bad, then get over it / This will be a better year, dizem eles...
lengalenga
passou por mim hoje
um rapaz
que me chamou bonita.
e eu que não fui capaz
de assim me ver
apenas fugi,
aflita.
um rapaz
que me chamou bonita.
e eu que não fui capaz
de assim me ver
apenas fugi,
aflita.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
ouve-se hoje neste t1 #17
Há um bocadinho de Norberto Lobo neste "Time to Die" dos norte-americanos The Dodos, não me venham dizer que não há. Comecei por ouvir o refrescante "Fables", mas o dedilhar da guitarra em vários temas do álbum - como "Trollnacht" ou "Acorn Factory" - é uma bela surpresa.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
ouve-se hoje neste t1 #16
Ainda me estou a rir com o clip de "People C'mon" dos Delta Spirit - do álbum de estreia Ode To Sunshine. Adoro a música, mas amo o vídeo.
Qual hang the DJ! Kill the lead singer!
Video @ Youtube
Desafio: Quantas obras aparecem no vídeo e quais são os pintores?
Vale uma 'mine'.
Qual hang the DJ! Kill the lead singer!
Video @ Youtube
Desafio: Quantas obras aparecem no vídeo e quais são os pintores?
Vale uma 'mine'.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
ouve-se hoje neste t1 #15
"Este Mundo" e todos os outros do segundo álbum da Rupa.
("it takes one to know one, and it takes two to tango.")
domingo, 8 de novembro de 2009
sabemos que estamos velhas quando...
Estou à beira dos 32 anos. Volta e meia já me engano e digo que tenho 32 em vez de 31, como se, inconscientemente, me estivesse já a mentalizar da idade que terei daqui a dois meses. É uma idade tramada. Não porque esteja, de facto, velha fisicamente, mas porque os 32 marcam toda uma forma de estar e de ser que nem sempre está de acordo com o que nos vai cá dentro. Ainda me falta fazer muito, apesar de já ter vivido tanto. Mas sei que estou a ficar velha quando:
- Me divirto mais num jantar com uma garrafa de Periquita na mesa do que a beber imperiais num bar com gente desconhecida;
- Mais de 70 por cento da conversa do jantar é sobre as contas que é preciso pagar e o dinheiro que não se tem;
- Antes de sair à rua pinto os olhos e passo a noite a chorar porque o lápis me está a fazer alergia;
- Reclamo dos DJ's que passam música no Lounge porque não passam nada que dê para abanar um bocado as ancas;
- Vou parar ao Tokyo no Cais do Sodré e tenho o momento alto da noite a dançar - e a cantar!! - o "Moonlight Shadow";
- Sei praticamente de cor a playlist do Tokyo. É praticamente a mesma que o Adam Curry e o Nino Firetto passavam no Music Box na RTP2. E os clientes do Tokyo estão lá mais ou menos desde essa altura;
- Apanho o Night Bus gratuito da Carris e cerca de 90 por cento dos passageiros têm idade para ser meus filhos;
- No caminho para casa, os sapatos mais confortáveis que tenho começam a magoar-me os pés e a deixar entrar água;
- Um rapaz me pergunta se sei onde é que está a acontecer um certa festa trance e eu, além de responder que não faço a mínima ideia, tenho vontade de lhe perguntar se tem idade para estar na rua àquelas horas;
- Ao chegar a casa, apesar de serem 4 da manhã de domingo, inconscientemente, abro a caixa de correio para ver se tenho cartas;
- Respiro de alívio ao tirar os sapatos e ao chegar à minha cama, sabendo que amanhã é domingo e vou poder dormir até tarde, para estar em condições aceitáveis de ir trabalhar na segunda-feira.
- Me divirto mais num jantar com uma garrafa de Periquita na mesa do que a beber imperiais num bar com gente desconhecida;
- Mais de 70 por cento da conversa do jantar é sobre as contas que é preciso pagar e o dinheiro que não se tem;
- Antes de sair à rua pinto os olhos e passo a noite a chorar porque o lápis me está a fazer alergia;
- Reclamo dos DJ's que passam música no Lounge porque não passam nada que dê para abanar um bocado as ancas;
- Vou parar ao Tokyo no Cais do Sodré e tenho o momento alto da noite a dançar - e a cantar!! - o "Moonlight Shadow";
- Sei praticamente de cor a playlist do Tokyo. É praticamente a mesma que o Adam Curry e o Nino Firetto passavam no Music Box na RTP2. E os clientes do Tokyo estão lá mais ou menos desde essa altura;
- Apanho o Night Bus gratuito da Carris e cerca de 90 por cento dos passageiros têm idade para ser meus filhos;
- No caminho para casa, os sapatos mais confortáveis que tenho começam a magoar-me os pés e a deixar entrar água;
- Um rapaz me pergunta se sei onde é que está a acontecer um certa festa trance e eu, além de responder que não faço a mínima ideia, tenho vontade de lhe perguntar se tem idade para estar na rua àquelas horas;
- Ao chegar a casa, apesar de serem 4 da manhã de domingo, inconscientemente, abro a caixa de correio para ver se tenho cartas;
- Respiro de alívio ao tirar os sapatos e ao chegar à minha cama, sabendo que amanhã é domingo e vou poder dormir até tarde, para estar em condições aceitáveis de ir trabalhar na segunda-feira.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
ouve-se hoje neste t1 #14
Os prados verdejantes onde crescem os búfalos aguardam o regresso de Jimmy. Melancolia e doçura de Moriarty num dia de nuvens luminosas.
para o meu amigo-irmão rui
Hoje dei por mim a ver e-mail antigos, já com alguns anos em cima, e lembrei-me de uma coisa:
CARUMA!!!!!!!!!!!!
(Quando vires este post, pisca os olhos duas vezes, para eu saber... :))
CARUMA!!!!!!!!!!!!
(Quando vires este post, pisca os olhos duas vezes, para eu saber... :))
terça-feira, 3 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
jantar de halloween
Mãozinha de zombie com puré
Mistura-se a mão de zombie com alho, cenoura, chouriço, salsa, pão ralado e vinho branco. Cobre-se com lascas de queijo e aparam-se as unhas, que os zombies têm tendência a arranhar quando vão ao forno.
Ao fim de uns 40 minutos - ou quando a mão de zombie começar a arranhar a porta do forno - retira-se o tabuleiro. Que cheirinho a cadáver!
Serve-se com puré e decora-se cortando a jugular de um dos convivas.
«-Mas que belo zombie este!»
«-Foi apanhado fresquinho, hoje de manhã...»
São servidos de um dedo?
Muahahahahahahaah!!!!!!!!!!!!
Mistura-se a mão de zombie com alho, cenoura, chouriço, salsa, pão ralado e vinho branco. Cobre-se com lascas de queijo e aparam-se as unhas, que os zombies têm tendência a arranhar quando vão ao forno.
Ao fim de uns 40 minutos - ou quando a mão de zombie começar a arranhar a porta do forno - retira-se o tabuleiro. Que cheirinho a cadáver!
Serve-se com puré e decora-se cortando a jugular de um dos convivas.
«-Mas que belo zombie este!»
«-Foi apanhado fresquinho, hoje de manhã...»
São servidos de um dedo?
Muahahahahahahaah!!!!!!!!!!!!
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