quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ouve-se hoje neste t1 #12


"Surprise Hotel", do álbum de estreia de Fool's Gold.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ouve-se hoje neste t1 #11



Têm um ar completamente azeiteiro, mas o cover de "Hey Ya" - um original de Outkast - pelos berlinenses The BossHoss é absolutamente irresistível.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ouve-se hoje neste t1 #10



"Album", dos 'sãofranciscanos' Girls. Só porque sim, ouço "Laura" em loop. Precisam-se fernicoques nos pés. Muitos. Este é um bom tema para sair por aí a dançar. De mão dada, de preferência. "I really wanna be your friend forever..."

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

:))))))


"Ponyo à Beira-Mar", Miyazaki

Grande sorriso!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ouve-se hoje neste t1 #09



Descobrem-se melodias sorridentes e cintilantes neste "Nº 2" dos misteriosos jj. "Things Will Never Be The Same Again" vai bem com o sol a romper por entre as nuvens a seguir a uma intensa chuvada de Verão. E com cheiro a terra molhada.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

ouve-se hoje neste t1 #08



Segunda-feira, os neurónios ainda adormecidos pela quietude do fim-de-semana despertam, lânguidamente, com "The BQE" de Sufjan Stevens.

sentidos


"35 Shots de Rum", de Claire Denis


"Kiss me with your mouth open
For your love, better
than wine"


"Two Doves", Dirty Projectors


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ouve-se hoje neste t1 #07



"PLaces Like This", dos Architecture in Helsinki. Já não é novo - é de 2007 - mas descobri-os recentemente. O fantástico "Heart it Races" deu origem ao não menos fantástico "Kamphopo" de The Very Best.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ouve-se hoje neste t1 #06



"Central Market", de Tyondai Braxton, vocalista dos Battles. A ouvir e a digerir tranquilamente.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

a qualidade é uma gaja estranha...

É muito triste. É triste que um espaço que tenha estado anos e anos abandonado, só se torne cobiçado quando alguém o ocupa. Durante os muitos anos em que trabalhei na Rua da Madalena fui acompanhando as várias fases do Mercado do Chão do Loureiro, mesmo em frente do Bar das Imagens e do café Verdeperto, como quem vai para a Costa do Castelo. Acompanhei a degradação; acompanhei a abertura pontual para um bailarico durante os Santos Populares; acompanhei o (julgo) sem-abrigo que transformou uma parte do edifício na sua casa, coleccionando todo o género de traquitanas; acompanhei a progressiva abertura do terraço do mercado ao público com pequenas feiras de artesanato e produtos de agricultura biológica; acompanhei a abertura da esplanada, primeiro tímida, depois já com sofás e espalhando-se sem reservas por toda a extensão do terraço. Estive lá há umas noites, a olhar para as luzes da cidade e a sorrir com as fiadas de lâmpadas coloridas a fazer lembrar os bailes de aldeia. Passei lá algumas tardes de livro na mão. Está-se lá bem. Muito bem. E é muito triste ler coisas destas. Mais uma vez, compromete-se a qualidade de vida, em prol de uma "qualidade" com acesso reservado só para alguns. Há dias em que me custa muito ser portuguesa e semi-lisboeta.

Notícia do Público

Melhor esplanada de Lisboa com os dias contados, segue-se "restaurante de qualidade"


Aquela que é considerada por muita gente como a melhor esplanada de Lisboa tem os dias contados: a câmara quer substituí-la por "um restaurante de muita qualidade".

No topo de um mercado desactivado situado na Calçada do Marquês de Tancos, nas proximidades da Rua da Madalena e da Baixa, O Terraço tem uma das melhores vistas de Lisboa. O casario e o Tejo estendem-se aos seus pés, para deleite de todos quantos visitam o local. O ambiente descontraído, com puffs, sofás e espreguiçadeiras, fazem o resto.

Na imprensa e na blogosfera os elogios sucedem-se desde que o bar abriu, no Verão de 2007: "Uma paisagem que até corta a respiração"; "Parece um crime o local não ter sido sempre assim"; "Neste espaço namora-se a cidade em todo o seu esplendor". A clientela é variada: muitos turistas, nacionais e estrangeiros, e diferentes tribos urbanas esparramam-se por aqui a partir do final da tarde para beber um copo ou comer qualquer coisa ligeira. Um dos quatro sócios do espaço, Tomás Colares Pereira, explica que quando se instalaram no topo do mercado já sabiam que se tratava de uma estadia precária.

Mas as obras para reconverter o edifício num silo automóvel e para nele instalar um elevador para facilitar o acesso ao Castelo de S. Jorge foram tardando, e O Terraço foi ganhando fama. Embora ainda não tenha data de arranque, este poderá ser o último Verão do bar. "Haverá 204 lugares de estacionamento, um supermercado no rés-do-chão e, no topo, um restaurante de muita qualidade", explica um dos administradores da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa, Rogério Pacheco.

Os sócios do espaço poderão candidatar-se à sua exploração, dependendo das condições. Outra sócia, Camille Ferron, entende que um restaurante de luxo acabará com o "uso democrático" do espaço, agora aberto a todos. "Contamos com a mobilização dos clientes", diz, em jeito de pedido.


Adenda: Ao mesmo tempo que se fecham os bairros históricos ao trânsito - basta andar uns metros até ao Chapitô para perceber que os carros não podem circular, a não ser os dos residentes - projecta-se um parque de estacionamento com 204 lugares. Tem lógica, uma vez que o parque estará situado antes dos acessos interditos, possibilitando às pessoas deixarem o automóvel num lugar seguro e legal. O que a mim me faz impressão é a necessidade que esta gente tem de levar o carro para todo o lado. Subir uma rua a pé não faz mal a ninguém, antes pelo contrário...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ouve-se hoje neste t1 #05



"After Robots", de BLK JKS (Black Jacks). Fecham-se os olhos. Faz-se coro tribal em "Molalatladi".

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

folhas macias e brancas

Tenho um medo terrível de escrever pela primeira vez num caderno em branco. Um medo irracional, maior que eu, maior que tudo aquilo que poderia algum dia escrever. Há um caderno novo, forrado a tecido, cheio de arabescos caleidoscópicos, pousado numa mesa lá em casa. Fechado. Ainda fechado depois de ter rasgado o papel de embrulho há meses e meses. Fechado num branco infindo, um vazio macio e aterrorizador.
Tenho medo das memórias que me escapam e não são escritas no branco macio e liso de tantas folhas brancas. Tenho medo de escrevê-las e também de não as escrever. Gostava um dia de abrir o caderno e não me lembrar de, uma a uma, ter já marcado as páginas a negro, a azul, a caneta ou lápis, não importam meios nem cores, somente as palavras e as memórias.
Guardadas entre as páginas outrora brancas e macias o primeiro sorriso no olhar, um primeiro beijo, a luz de um amanhecer, a cor da rua num dia de Setembro, o cheiro a flores a entrar pela janela, a conversa das mulheres no autocarro, o adormercer e o acordar, o sabor de um beijo na pele e dos lábios próximos, o gostar tanto, mas tanto, que gostar assim só pode doer, a contemplação do infinito, as solidões derradeiras, os caminhos rotineiros e os que se descobrem quando apetece virar só porque sim, as horas e os dias e as noites e os segundos que somam ansiedades e os logo se vê, a falta de ideias e as ideias a mais, as chávenas de café e o barulho da colher a diluir o açúcar, e a música a escorrer pelas folhas brancas abaixo...
Dói-me a primeira palavra num caderno em branco.

ouve-se hoje neste t1 #04



Depois de audições dispersas, "Warm Heat of Africa" integral. Vai bem com Setembro. E o remix dos Architecture in Helsinki vai bem com tudo.

ouve-se hoje neste t1 #03



Todo o "Logos, de Atlas Sound, particularmente a luz de "An Orchid".

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

ouve-se hoje neste t1 #02



"Bitte Orca", Dirty Projectors

Mais uma vez, explicações [também] sobre a capa, aqui. Salta-se da cadeira no final de "Useful Chamber".

ouve-se hoje neste t1 #01



"Popular Songs", Yo La Tengo

A história desta [fabulosa] capa aqui. Abana-se a cabeça ao som de "Nothing to Hide".

desuso

já ninguém diz sobrescrito
nem se usa passar a limpo.
eu gostava de escrever cartas
e passá-las a limpo
escrever moradas
em letra cuidada
num branco sobrescrito.
já ninguém diz rebobinar
e a mim às vezes
dava-me tanto jeito
voltar atrás.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

quantos queres?



(quero muitos)



Imagens e instruções daqui.