O homem entra na pastelaria
de acordeão abraçado
o peso do mundo nas rugas.
Segue-o o amigo
de penas no chapéu e
dedos de guitarra a tiracolo.
Falam uma língua
cansada e
longínqua.
Pergunto-me o que estarão a fazer
numa pastelaria
onde a música compete
com as doces vitrinas.
Eis que na minha boca
o bolo se derrete e sinto nas papilas
o gosto agridoce
de uma canção
a duas vozes.
terça-feira, 10 de março de 2009
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4 comentários:
:) ... imagino uma variação na casa das sandes das portas de santo antão (ginginha popular...)... com um fadista cego e o gato das botas... nas papilas uma caneca e duas sandes de torresmos...
Lex, a tua poesia amadurece a cada dia que te leio.
...e gosto tanto de te ler em prosa, como em poesia, de te ler simplesmente.
Bjs
F
Batman & Robin???
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