Quem me conhece sabe bem como gosto de manter um certo low profile, não dar nas vistas, ficar no meu cantinho... Por isso, estas coisas custam-me mais do que arrancar um dente. mas o que tem de ser, tem de ser. Confesso que não conhecia o meio em questão quando solicitaram à editora uma entrevista comigo a propósito do meu recém-publicado livro. Acedi e, alguns dias depois, aqui fica a transcrição ipsis verbis do texto, retirado da revista online Rosa 10. Pese embora algumas pequeninas divergências relativamente ao que disse, para primeira grande entrevista, penso que não está mal. O pior foram as perguntas finais... Não tenho mesmo jeito para estar do outro lado de um gravador. :P
Por Odete Albuquerque
Fotos:DR
Laura Alves: mulher, jornalista, escritora
Autora do livro “Não Quero Ser Mãe – Quando As Mulheres Decidem Não Ter Filhos”, Laura Alves esteve à conversa, em exclusivo com a nossa revista onde abordou aspectos do livro que promete causar debate e polémica.
Tem como lema de vida “viver um dia de cada vez” e valoriza o respeito pelo “outro”. Laura Alves, jornalista e autora da obra aborda os mais variados ângulos da questão da maternidade, uma temática a que nenhuma mulher fica indiferente.
“Não Quero Ser Mãe – Quando As Mulheres Decidem Não Ter Filhos”. Porquê esta temática?
A ideia para este livro surgiu da constatação de que cada vez mais algumas mulheres manifestam o desejo de não ter filhos, de levar uma vida preenchida a nível profissional, social, cultural e que não passa necessariamente pela vertente da maternidade mesmo que tenham uma relação emocional com alguém – casamento, união de facto ou namorado. A ideia foi tentar perceber se é uma tendência que vai evoluir ou não e quais as motivações para estas mulheres não quererem ser mães: se é a questão profissional, se é um acto de rebeldia ou um novo feminismo (Que não é. As conclusões a que cheguei não apontam para isso). São simplesmente mulheres que não sentem desejo ou instinto maternal.
Qual o perfil destas senhoras?
O livro não é um estudo científico, não posso dizer que no país exista um determinado número de mulheres a não querer ter filhos. Falei com oito mulheres que deram o testemunho, falaram do percurso de vida, das motivações, partilharam um pouco das histórias pessoais. São oito mulheres da região de Lisboa e Sintra [correcção pessoal: Sesimbra], todas trabalhadoras, com idades compreendidas entre os 23 e 50 anos, umas com relações afectivas, outras não; umas foram casadas e estão divorciadas, outras estão sozinhas ainda à espera do amor, outras vivem com alguém. São pessoas diversas em termos emocionais. Em comum têm o facto de serem pessoas que trabalham, terem alguma formação a nível médio ou superior e muito independentes, afirmativas, que sabem o que querem para a vida. Não cedem a chantagem quando os pais pedem netos ou quando o parceiro revela de igual modo essa vontade. Elas próprias não têm vontade de serem mães e o que prezam na vida é a liberdade de poderem ou não se mães. Acontecem é julgamentos pelo meio, com algumas pressões e falta de compreensão.
O facto de serem oito mulheres distintas funciona de forma a haver identificação dos diferentes tipos de leitoras dado que cada uma tem um perfil?
Sim, se bem que as mulheres portuguesas têm vidas ainda mais diversificadas. São mulheres diferentes: uma jornalista, uma contabilista... São muito diferentes e as pessoas poderão identificar-se, se bem que não são “modelos. Apenas partilharam as suas histórias de vida e motivações assim como as possibilidades que têm em termos profissionais e afectivos. A ideia foi ter pessoas normais que partilharam histórias de vida.
Na obra constam mais opiniões…
Além das mulheres falei também com profissionais para fundamentar o que foi dito. Só o discurso das mulheres iria soar um pouco a “oco”, demasiado pessoal se não houvesse nada teórico a fundamentar o que disseram. Se apontam uma razão para não quererem ser mães então vou à procura de um especialista que explique a razão dessa abordagem da maternidade que deixa de ser essencial.
Com oito testemunhos há um fio condutor ao longo do livro ou pelo facto de serem diferentes pessoas são testemunhos independentes?
O livro está dividido em sete capítulos e os testemunhos vão surgindo ao longo deles. Cada um aborda uma questão diferente. Por um lado as questões que levam alguém a dizer não à maternidade, noutro capitulo abordam-se os preconceitos existentes sobre essa matéria, noutro foca-se a perspectiva histórica e demográfica em termos europeus e nacionais. Fala-se da questão do aborto também, por exemplo. [Considero importante dizer que neste ponto acrescentei: "Embora não tenha sido uma questão que tenha sentido necessidade de explorar a fundo.]
Porquê estas senhoras em particular?
Foi um trabalho de investigação até porque não há assim tantas pessoas a querer “dar a cara”. Tive que convencer algumas. Fiz questão foi que todas dessem o testemunho com nome verdadeiro por uma questão de credibilidade. Para mostrar que há pessoas que não têm medo. Afirmam não querer ser mães sem receios.
Existe algum relato que tivesse “puxado” mais por si?
Posso falar da Guilhermina, de 47 anos, uma das pessoas mais velhas com quem falei, alguém muito bem consigo mesma, já foi casada, não tiveram filhos, não era uma prioridade porque havia muito para fazer como viajar por exemplo. O casamento terminou mas tem um espírito muito aberto, com desejo de fazer desporto, viajar, muito “open minded”. Transmitiu-me calma e um bem-estar interior que gostaria de ver em pessoas que têm filhos, por exemplo. O estereótipo de que a mulher sem filhos e que não é casada é infeliz é desafiado pela Guilhermina. Chegou aos 47 anos, vive sozinha e está muito bem. Não sente arrependimento em relação ao passado. Pela conversa tão interessante que tive com ela pode dizer-se que me marcou e gostava de, com aquela idade, ser como ela. É um exemplo de como se pode crescer e envelhecer com a mente tranquila e sem “amargos de boca” por não ter tido filhos.
O que deu de si para o livro?
Muito tempo fechada em casa a escrever (risos). Dei o meu estilo pessoal de escrita, todo o processo de investigação, o meu carinho a este projecto que me deu muito gosto fazer e conhecer todos com quem falei. Tentei fazer uma obra interessante, cativante e que diga muito a muitas pessoas.
Revê-se na temática? O tema funciona como autobiografia?
Não. No livro consta a minha pequena biografia, pode ler-se um “(ainda)” na questão de não ter filhos. Apesar de não fazer da maternidade a minha prioridade de vida, não recuso totalmente. Penso que as pessoas ao lerem na capa percebem que a obra é um documento social e ficam esclarecidas à partida. Afastam de imediato a hipótese de ser uma biografia. Até porque a minha vida não é tão interessante que dê um livro para já (risos).
Para um sector mais conservador da sociedade o livro não pode ser considerado como uma “provocação feminina”?
Se for entendido como provocação e as pessoas forem comprar o livro, óptimo. Não é minha intenção agradar ninguém - é claro que quero que as pessoas comprem e gostem do livro e se as incomodar e “picar” um bocadinho óptimo, o debate está em cima da mesa! Se este tema incomodar alguém é positivo. Se houver discussão porque de facto há quem se sinta pressionado por esta questão, melhor ainda.
Por exemplo…
As mulheres são constantemente bombardeadas com a pergunta “Então quando vais ser mãe? Quando vais ter filhos?”. Se houver quem fique afectado pela questão então vamos deitar as cartas na mesa e falar sobre isto. Gostaria que as pessoas pegassem no livro e que começasse a existir mais conversa sobre o tema, não no sentido de pressionar mas de compreender e de haver mais tolerância de parte a parte.
Não teme repercussões que possam vir a existir?
Só se alguém se ofender e for atrás de mim, até minha casa, para me ofender também ou queimar fotografias minhas numa fogueira (risos). Mas não penso que vá acontecer. Vivemos num país onde existe algum bom senso. É bom que exista a discussão e pessoas a ficar com a “pulga atrás da orelha” mas não temo qualquer tipo de opinião. Cada um leva a vida da forma como acha que deve levar.
No fundo a base da obra…
Este é um livro pela tolerância, é respeitar o outro, a opção do outro. Tenho a minha opinião, quem deu o testemunho também tem opinião e de certo existirão outras opiniões, contrárias. Inclusive, falei com algumas pessoas com ideias contrárias como a Ana Cid Gonçalves, que pertence à Associação [Portuguesa] de Famílias Numerosas, associação em que a ideia é que ter filhos é o fundamental. Não fui só por um caminho, fui por vários para mostrar o global da questão. Isto não é nenhum manifesto como lema “Vamos todas recusar ser mães”. Nada disso. É apenas explicar porque razão algumas querem e outras não querem.
A determinada altura, com os amigos vêm as relações, das relações nascem crianças e começa a haver perguntas sobre para quando uma mulher vai ter também filhos. Considera que existe uma pressão, ainda que subtil, para a mulher ser mãe?
Ao contrário dos homens, as mulheres têm a capacidade física de ter crianças. É esperado que a Mulher exerça essa função biológica de dar filhos a uma relação.
E as que não têm são marginalizadas?
Existe a expressão “ficar para tia”. O “ficar para tia” não é necessariamente mau. Porque é que nunca se disse que os homens ficam “para tios”? Há um estereótipo. Existem muitas questões que se podem levantar. Não é muito recorrente abordar um homem para perguntar “Quando vais ter filhos?” como acontece com o sexo feminino precisamente porque subsiste a ideia de que a maternidade é o destino único da mulher. Levanto muitas questões em “Não Quero Ser Mãe”. Há também muita mitologia envolvida.
Refere-se à questão religiosa?
Há a questão da religião. Pensamos sempre na “Mãe” como a salvadora, alguém que nos acolhe, protege. Na religião são muitos os símbolos que remetem para a maternidade. Logo o “dar à luz” é visto como algo muito positivo. Ainda hoje em dia, quando uma mulher está grávida, é comum afirmar-se que está “com um brilho especial” ou “tem uma luz”. Isso é tudo uma tentativa de minimizar as desvantagens de se estar grávida. Estar grávida deve ser óptimo – não tenho filhos, tenho quatro sobrinhos – mas não pode ser negado que as pernas incham, a coluna dói, existem os enjoos e engorda-se.
As mulheres podem não querer engravidar por uma questão estética?
Não falei com ninguém que não quisesse ter filhos por questões estéticas. Sei que existem casos mas o meu caminho não foi por aí nem foi essa a questão. Isso pode levar a outra questão: o egoísmo.
Quem não engravida é egoísta?
São rótulos que se colocam a estas mulheres: egoístas, frias, insensíveis. No livro prova-se que não é necessariamente assim. As mulheres que não querem ter filhos são talvez as pessoas mais abertas em termos de se proporem a conhecer outros horizontes, a sair de casa, a aprender, a estudar à noite caso seja necessário, a crescerem individualmente. Por vezes são tias mas dão todo o amor que têm aos sobrinhos e/ou afilhados. As mulheres que não querem ter filhos não são frias nem insensíveis. São pessoas muito interessantes que fizeram a opção de não serem mães a tempo inteiro.
Como vê o facto do Estado e autarquias darem incentivos financeiros às mulheres para que gerem crianças? Não funciona um pouco como “vamos dar à população algo que necessitam (apoio monetário, dada a conjuntura económica que o país atravessa) em troca de “fábricas de fazer bebés”, sob o pretexto de contribuírem para a não desertificação de algumas zonas e evitar o decréscimo da taxa de natalidade?
Não acredito que alguém decida ter filhos só porque vai receber um incentivo financeiro, o que não significa que não aconteça em alguns casos. Mas quem tiver filhos e tenha um apoio financeiro talvez tenha até um ou dois a mais do que tinha previsto.
É um facto que a questão financeira pesa…
Hoje em dia muitas pessoas optam por não terem crianças porque não lhes é permitido financeiramente. O investimento financeiro é enorme e muitas pessoas adiam ou negam a paternidade por ser dispendioso. Não foi o caso das pessoas que deram o testemunho para o livro. As pessoas com quem falei não têm vontade ou vocação para serem mães. É lógico que quando um país fornece mais apoios os casais têm mais filhos. A média nacional ronda os 1,2%, a França por exemplo anda à volta dos 2,3% . Em Portugal é uma quantia irrisória que não justifica ter-se mais um filho.
O facto de muitas mulheres adiarem ou recusarem a maternidade sob a afirmação de pretenderem dedicar-se à carreira ou optarem ou viajar ou estudar não é uma capa para não terem que ter disponibilidade emocional e/ou afectiva para darem a uma criança?
Não é uma capa porque aquelas que fazem um investimento mais forte na carreira formativa à partida desde novas colocam esse factor como prioridade e a outra parte fica um pouco para trás. Não é uma capa. Não é porque “não têm este caminho” porque vão investir em “outro”. Dedicam-se primeiro a um caminho, ao sucesso pessoal e profissional e o outro aparece como segundo plano porque também já não havia aquela vontade.
Não há uma certa ironia pelo facto de a maioria das mulheres poder dar à luz optar por não fazê-lo e por exemplo, quem não pode, como o caso dos casais homossexuais, que não podem gerar, demonstrarem intenção de fazê-lo e dar amor a uma criança?
Tem a ver com o respeito individual por uma pessoa. Cada um tem direitos individuais. Lamento existirem casos de casais que não podem ter filhos, seja por razões biológicas, doenças ou impossibilidade de qualquer ordem não obstante um enorme desejo que manifestam, mas não podem criticar quem não quer ter filhos apesar de poder. É injusto. É dramático existirem pessoas que investem anos e emoções a tentar ter filhos e não conseguirem. Mas a mulher que não quer ter filhos não vai gerar apenas porque existem pessoas que não podem. Cada indivíduo deve ser respeitado pelas opções que faz.
Qual a sua opinião sobre o papel do homem nesta questão?
A minha recomendação é que fique tudo definido à partida, apesar da fase inicial de uma relação em que é tudo muito bonito e muito cor-de-rosa. Mas convém pensar-se sobre o que se pretende fazer no futuro se aquela relação for para durar. Estas pessoas que constam no livro dificilmente teriam crianças para ceder à vontade do companheiro. À partida, procuram estar com alguém com o mesmo tipo de atitude. Não houve ninguém que estivesse numa relação com alguém que quisesse ter filhos. Mas há muitas pessoas que têm filhos porque o(a) parceiro(a) quer e a atitude é “está bem, vamos lá fazer filhos”.
O que mudou de há 50 anos para cá?
As mulheres têm mais dimensões na vida que não o lar, têm mais independência. Felizmente hoje em dia (se bem que ainda nos encontramos a anos luz do que seria ideal) os homens têm uma participação muito maior do que tinham nesses tempos. Envolvem-se na educação dos filhos, algo atribuído á mulher noutros tempos, têm licença de paternidade, acompanham muito mais a tarefa de educar o filho. Há 50 anos ao homem cabia essencialmente o papel de pôr o pão na mesa e todo o resto era a mãe que fazia, hoje em dia não, se bem que continuam a persistir alguns maus exemplos.
Que análise faz da discriminação existente no que toca à mulher gestante e não gestante?
O mais recorrente é existir discriminação laboral quando alguém manifesta o desejo de ter filhos e/ou casar. Muitas vezes nas entrevistas de emprego, são candidatas que ficam do lado de fora ou a quem não são renovados contratos, por exemplo. Mas também já se verificou o contrário. Alguém que por não ter filhos não foi aumentada. Neste caso, a resposta da pessoa foi “Mas se não tiver um aumento de salário nunca poderei ter o que referiu”. Outro exemplo é quem não tem filhos ficar “condenada” a ficar com as férias que mais ninguém quer, ou pode ficar a trabalhar até mais tarde porque não tem família quando não é assim – a pessoa pode ter mil e um projectos que impliquem sair a horas e não ter que fazer serões até à meia-noite.
Qual o balanço que faz depois dos depoimentos recolhidos e livro estruturado?
É de leitura fácil, não facilitista. Não é cor-de-rosa, tem alguma substância, tenta explicar a razão de ser de algumas opiniões que estão aqui explícitas e que vai pôr as pessoas a pensar e sobretudo vai abrir os olhos a algumas pessoas. Penso que está um trabalho interessante, com alguma criatividade e humor também, não deixando de ser um alerta sobre algumas questões que incomodam algumas pessoas nomeadamente a pressão social e estereótipos que ainda permanecem. Existem no mercado outras obras com temáticas semelhantes.
Em que difere “Não Quero Ser Mãe – Quando As Mulheres Decidem Não Ter Filhos”?
Não é uma biografia nem um livro cómico. Existem algumas obras semelhantes mas do ponto de vista irónico e do sarcasmo. Este não. Não é uma tese, é um estudo meio jornalístico meio antropológico. É o retrato de um segmento da população e de um dado momento que o país atravessa.
Quem é a Laura Alves?
É uma rapariga, jornalista, que tem dois gatos, quatro sobrinhos, que veio da Beira para Lisboa há alguns anos e que por aqui ficou e que gosta de escrever, criar e ir ao cinema e que gosta muito de Lisboa, de vários espaços da cidade. Gosta de estar e jantar com os amigos.
Qual a parte do processo de feitura de um livro que mais a agrada?
Este é o primeiro livro (risos). A primeira coisa que fiz foi estruturar os tópicos de modo a saber o que ia abordar. Conhecer as mulheres com quem falei foi muito interessante. Fazer e descobrir a ligação entre as ideias também foi agradável assim como o próprio acto de escrita, de escrever as palavras, de criar imagens com as palavras. A pior parte foi transcrever as entrevistas (risos).
No momento em que viu o trabalho impresso qual foi o sentimento que mais forte que teve?
Foi um processo que levou algum tempo. Foi a sensação de missão cumprida. É bom.
PERGUNTAS ROSA10
Qual a sua melhor recordação de infância?
Talvez o facto de haver um forno de cozer pão em casa dos meus pais. Havia o hábito de cozer broa de milho. A minha mãe terminava, eu cortava, colocava manteiga e comia ainda quente. [Neste ponto há uma pequena omissão. O que eu disse, de facto, foi que a minha mãe fazia uma broa mais pequena de propósito para mim, que eu comia ainda quente, com manteiga.] É uma das recordações mais marcantes.
Qual a sua essência?
Estar bem comigo própria, estar feliz.
Qual o melhor elogio que já lhe fizeram?
Já fizeram tantos (risos). Penso que o melhor elogio que se pode fazer a alguém é dizer “Amo-te”.
Tem algum ídolo ou modelo que a inspire?
Tenho muitos modelos. Depende de cada ocasião, de cada momento. Não tenho um ídolo propriamente. Normalmente as pessoas que vejo como modelos são muito próximas a mim, de carne e osso, que me acompanham normalmente, que me levam a querer fazer melhor ou como aquela pessoa fez, algo muito bem feito.
Qual a opinião que tem do homem e da mulher portuguesa?
Existem tantas mulheres e homens portugueses… Não tenho opinião do homem ou da mulher portuguesa. Existem muitos e diferentes modelos. A nível global, penso que as pessoas deveriam ser mais tolerantes. Existe alguma intolerância e uma certa mesquinhez no que se refere a olhar para o outro e não aceitar o outro só porque não se aceita, apesar de esse alguém não fazer mal algum e ter feito apenas uma opção de vida. Falta tolerância às pessoas portuguesas.
Qual foi até hoje a sua maior oportunidade?
A possibilidade de ser uma pessoa independente que construiu o próprio caminho.
O que a faz rir?
Piadas, trocadilhos inteligentes.
Como vê o seu futuro?
Não sei, não faço grandes planos, vivo o dia-a-dia mas espero que seja bom.
Qual a maior lição de vida que já recebeu?
Não ficarmos dependentes do que outras pessoas querem para nós. Não ficar presa a projectos de terceiros. Antes de mais, o nosso bem-estar…
Se fosse jornalista do Rosa10 quem gostaria de entrevistar e porquê?
Neste momento o nosso primeiro-ministro José Sócrates para perguntar algumas coisinhas que me andam a incomodar. Por exemplo, porque razão algumas pessoas ganham tão mal e pagam tanto por uma casa ou porque é que existem pessoas a ganhar milhares de euros e outras com o ordenado mínimo… Gostaria de saber se as pessoas que estão no Governo acompanham o dia-a-dia da população que ganha mal e todos os dias tenta sobreviver.
Qual a pergunta que nunca lhe fizeram e gostaria de ter respondido?
Não sei. Como não dou entrevistas sobre mim não sei muito bem.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
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