sexta-feira, 30 de novembro de 2007

fónix!!

Muita coisa anda a mudar no sítio onde trabalho. Nem que seja só pintar a fachada, a verdade é que até já se comemoram os aniversários da malta e, quando alguém se vai embora, organizam-se almoços de despedida. Caramba, que até já parece uma empresa daquelas a sério...
Pela primeira vez desde que por aqui ando - e já lá vão oito anos... - vai haver um fim-de-semana de confraternização. Só a palavra "confraternização" aliada ao nome de algumas das pessoas que trabalham comigo já é razão para eu ter urticária... Mas a verdade é que estou ansiosa! Ultimamente ando com um bom-humor e uma queda para a palhaçada tais que estes dois dias prometem muitas barrigadas de riso. A primeira veio logo ao ler o programa do fim-de-semana que aterrou no e-mail...

Sábado

8h.45m - Concentração...

9h – Saída...

11h – Chegada e instalação

11h.30m – Sessão I: Resiliência, Inovação, Sucesso

13h – Almoço

14h.30m – Sessão II: Liderança e Inovação

16h.30 – Intervalo

17h – Sessão III: Team Building

18h.30m – Preparação do jantar (comigo ao comando das operações...)

20h – Jantar

21h. 30m – Serão...

Domingo

Manhã – Passeio...

13h - Almoço

14h.30m - Sessão IV: Pistas para o futuro / ... um projecto com esperança

16h.30m – Partida para Lisboa

18h.30m – Chegada a Lisboa

Mau maria!! Mas então, não há tempo para um concurso de anedotas? Para umas sessões de DVD? Para ver a bola e beber umas jolas? Entre a "resiliência" e o "team building" não há espaço para um jogo de sueca? Para um karaoke com o pessoal? Fónix... Enganaram-me!!!!!!!!!
A verdade é que nada vai ser como dantes após este fim-de-semana. Especialmente porque, antes de saber o programa das festas, até me ofereci para fazer umas massas chinesas no wok para o jantar. Se esta malta me conhecesse de facto, não se atrevia a pôr na boca algo cozinhado por mim... Mas talvez consiga misturar alguns ingredientes secretos na paparoca, de modo a ter o pessoal a dançar em cima das mesas ao final da noite. Sim sim, coleguinha, são oregãos, podes misturar à vontade...
É que eu não vou acordar cedo a um sábado e deixar o meu gato sozinho em casa para levar um "brain wash" organizacional e não tirar nenhum proveito, ora essa!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

faz-me um pastiche...

Pedalando vai para a Baixa
Luarita na estrada preta
Vai na bisga de bicicleta.

Leva calças largas à frique,
castanhas e com risquinhas,
escondendo as coxas finas
com tanto pano e largura.
Para proteger o cabelo,
boné enfiado na tola
botas próprias de rapazola
pedala com desenvoltura.

Fuge, fuge, Luarita.
Vai na bisga, de binita.

Às costas leva a mochila
sai de casa bem preparada
até deo roll on p'rás axilas
não vá chegar, blarg! suada.

Finta carros com cautela
ou segue pelos passeios
depois mete por ruelas
ignorando os galanteios.
Vai airosa, e com bravura.


Como quem desafia a cidade
mete pelas grandes avenidas
procura as melhores saídas
com sorrisos de felicidade.

Apitando, resmunga o taxista
activado pela rubra cor,
da estrada julga-se senhor
mas ela logo o despista.

Pelas ruas cheias de gente
conta os prédios e assobia
traz o coração contente
e pensa: mas que belo dia!

Entre semáforos ansiosos
já nem percebe, Luarita
se estão os dias luminosos
ou se, com olhos virtuosos
vê a cidade mais bonita.


Fuge, fuge, Luareta.
Vai na bisga, de bicicleta.


Agradecimento especial a Luís de Camões e a António Gedeão.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

arroz...

Ninguém sabe de ti. Mas eu sei.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

refúgio

O cansaço acumula-se, aos poucos, cobrindo a estrutura óssea de uma fina camada, tornando a pele macilenta e os olhos vazios. Exagero. Os escritores gostam sempre de hiperbolizar a realidade. E de inventar verbos também. Pela primeira vez em oito anos ouvi hoje as seguintes palavras: "se calhar era boa ideia planeares o teu trabalho de forma a antecipares as férias que marcaste para o final do ano..." Começo a pensar se estarei mais esgotada do que penso, se as respostas curtas e grossas já não são feitio mas defeito, se o duplicar dos cafés diários será de facto preocupante...
Chego a casa com mil coisas boas e mil coisas más na cabeça. O gato recebe-me, interessado em saber se trago guloseimas no saco. Há tanta coisa em mim por contar. Fecho a porta, silenciosa, e digo "boa noite" às paredes. Elas conhecem-me e acolhem-me. São minhas e eu sou delas. Chego ao meu refúgio, ponho música e afundo-me nos meus pensamentos. Res-pi-ro. Amanhã é outro dia.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

farinha

Ela resmunga, ela barafusta, tem mau feitio e a expressão favorita é "ai a merdinha...". Mas, lá no fundo, tem um coração de manteiga, que eu sei. E é por isso que no passado domingo levou para casa esta bicharoca, apanhada num beco ao pé de casa. "Vem cá ter a casa, arranjei uma gatinha...", dizia o sms. Não querem lá ver? Então uma pessoa sai para um café no Bar das Imagens e, vai na volta, a rapariga arranja uma carga de trabalhos com bigodes?



Ainda o dedo estava a tocar no 1º esquerdo, já o nome me bailava na cabeça: vais chamar-te Farinha. E Farinha ficou. "Pá, vê lá se a apanhas... Ela está debaixo da estante e há bocado fez-me FUUUUU!!" Um palmo de gata parda, de olhar perdido e um miar quase inaudível... "Humpf!! Era mais gira se tivesse olhos verdes! E eu gostava era que fosse cinzenta... Será que posso tingir a gata?" Sim, sim, ela é rezingona, mas não resiste a uma bola de pêlo com bigodes. É tempo de guardar as memórias do Elvis e do Branquinho na gaveta. Agora que tens Farinha na tua vida, só te falta um bocadinho de açúcar...
A tarde foi passada entre a ida ao veterinário - ah pois, aquela barriga grande não é da paparoca, são parasitas mesmo... blargh!! - e as compras para o enxoval da Farinha: comida, comedouro, caixote para areia, areia, etc... Mais uma jornalista com o crédito à habitação a pesar-lhe nos ombros que não resiste a gastar uns valentes euros para salvar uma bicharoca de morrer ao frio. Será que dá para abater estas despesas no IRS?
Bem, o que é certo é que, com tantas andanças, acabámos por colocar a Farinha no saco a tiracolo enquanto fazíamos as compras. Resultado: um xixi que acabou por arruinar tudo o que era papel, para além de impregnar com um belo aroma a carteira e a máquina fotográfica. "Errrr... Dá aí o frasco do álcool..." Belo começo de amizade, hã, Farinha? Melhor que uma gata, só uma gata mi(j)ona!



Não querendo ceder ao preconceito, ó Farinha, é melhor bazares da janela, não vá a família chinesa da frente chamar-te um petisco!! Mi-hau!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

catarse

Sal nas feridas. Compulsivamente, deitei sal nas feridas para que não sarem nunca. Porque só doendo, numa dor incómoda e lancinante, sei que estou viva e que ainda mexe o verme que me corrói carne e alma.
"Control" é a catarse de um dia emocionalmente intenso. Mau filme para ver quando precisamos de explodir lágrimas. Duas frases. Duas frases apenas fazem-me implodir silenciosamente numa cadeira de cinema.

- When you say things like that it makes me think you don't love me anymore.
- I don't think I do...


Sem controlo. "She's lost control again". E sem controlo as lágrimas fazem-me arder as pupilas. O corpo entra em espasmos e os rostos doutras eras voltam para me assombrar. "Estás bem?", pergunta-me. "Não, não estou. Mas estava a precisar disto... São muitos recalcamentos juntos..." No escuro, o silêncio a preto e branco. Pesado, tão pesado... Não consigo ver mais. Dói. Todas as artérias se tolhem e me apertam. Pára. Pára!! Não dances agora.

Na noite, quero vinho do Porto e bebo o desejo, que tem a forma de um cigarro aceso na tua boca. "She's lost control again".

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

foleirice

Nada como começar um dia de trabalho a ouvir o "Baby Jane" do Rod Stewart...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

purrrrrrr.....



O meu conceito de acordar com um moreno de olhos verdes em cima de mim mudou drasticamente ao longo dos últimos anos...




terça-feira, 20 de novembro de 2007

abájure retro



Grau de dificuldade:
Fácil

Igredientes:
1 candeeiro com abájure
1 revista antiga
tesoura
cola

Tempo de preparação:
Depende da habilidade e da quantidade de vezes que o seu gato for meter os bigodes no frasco da cola.

Modo de fazer:

Pegue num candeeiro sem graça oferecido por uma amiga há alguns anos. Certifique-se que a amiga não descobre que catalogou o referido candeeiro de “sem graça”.

Folheie as revistas que tem lá por casa, preferencialmente, datadas dos anos 50 ou 60. No caso de não possuir espécimes deste género, espere por terça-feira ou sábado de manhã e dê um pulinho à Feira da Ladra. Aproveite e traga logo um quilo ou dois, que o preço compensa e o passeio vale sempre a pena.

Seleccione um belo naco de revista. Pode aproveitar que está com a mão na massa para combinar os tons com a decoração da divisão onde o candeeiro irá ficar.

Retire o abájure do candeeiro e faça medições para cortar a página da revista à medida. Ou então não: faça simplesmente o contorno mais ou menos a olho, sobrepondo o abájure na página, como foi o caso.

Cole os pedaços de revista que cortou no abájure com cola apropriada – neste caso foi cola de madeira, que era o que estava mais à mão, mas aconselha-se um produto mais adequado, se se quiser dar ao trabalho. Repita a operação até cobrir toda a superfície do abájure. Atenção para não deixar bolhas de ar nem espaços em branco.

Corte umas tiras mais finas de papel para fazer remates tanto no topo como na base.

Depois da cola secar, passe uma ou duas camadas de verniz mate, para uniformizar a superfície e tornar mais fácil a posterior limpeza do abájure.

Deixe secar muito bem antes de voltar a colocar o abájure no candeeiro.

E agora já pode – salvo seja – dar à luz!

luar beirão



esta natureza não está morta.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

vermelho tandoori e amarelo caril? nham!



Há pessoas que não sabem no que se estão a meter quando me pedem uma opinião. Especialmente, no que respeita a pintar paredes. Quem me conhece sabe que a minha casa parece um arco-íris. Durante alguns anos vivi numa casa toda branca e fiquei cansada de paredes frias e estéreis. A cor tranquiliza-me ou espevita-me a alma nos momentos certos. Por isso, qual profeta, não me canso de espalhar a palavra da cor pelas casas onde passo: "esta parede ficava bem pintada de laranja" ou "e já pensaram em verde alface para o vosso quarto?"
Felizmente, alguns dos meus amigos têm tão pouco juízo quanto eu... Salpicar uma casa nova de cor é um projecto aliciante. Ainda que, a meu ver, o casal em questão esteja a ser bastante comedido, confio no bom gosto de ambos (mais o bom gosto dela, ehehe...) para transformar aquele espaço num manjar para os sentidos. Entre "vermelhos tandoori", "laranjas tórridos" e "azuis higiénicos", aquele será o início de um novo projecto de vida. Ah, e não se esqueçam de mim na hora de fazer o stencil!!
Por outro lado, se precisarem de ajuda para as mudanças, não me chamem, que a ciática já anda a manifestar-se... Mas continuem a contar comigo para vos aparecer à porta à hora de jantar, apesar de cada vez se comer pior em vossa casa (por favor!, salsichas e ovos mexidos é o que eu como em minha casa!!). É que não conheço mais ninguém que tenha uma Nespresso... ;)))

and it rained all night*

Acordo com o discreto som de mil gotas de água sobre mim. Chove lá fora. No quente da noite viro-me para o outro lado, para o espaço da tua ausência. Sorrio. Lá fora chove, mesmo por cima de mim. Escondo o meu sorriso no escuro para que seja só meu, apenas meu. Se há um brilho no olhar, guardo-o para mim. A chuva lava as feridas. O sangue escorre pelas ruas e vielas, dilui-se na água que chove. A música cresce-me no peito. Mais e mais. Numa cadência que quase dói. Até eu adormecer com o teu beijo nos lábios. E a voz de veludo nos ouvidos, com as gotas de chuva numa percursão imaginada.

*nos ouvidos: "And It Rained All Night", Thom Yorke

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

são rosas, senhor...

Cresci no meio dos malmequeres, com os cheiros da erva, da caruma e dos fetos entranhados em mim. Flor do campo. Assim sou eu...

"Como um raio a rasgar a vida / Como uma flor a florir desmedida / Como uma cidade secreta a levantar-se do chão / Como água, como pão..."*



Há dias deram-me rosas. Duas. Compradas a um indiano.
Foi tão "kitsch" que bateu cá dentro.

*Excerto de poema de José Luís Peixoto musicado por A Naifa.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Eu quero ter o vento tatuado no meu corpo
A pele lambida pelo sopro da vida



E mesmo depois do desejo morto
Que a caminhada tenha sido sentida.


imagem de "O Castelo Andante" de Hayao Miyazaki

terça-feira, 13 de novembro de 2007

ouvido de passagem

"- ...eu não sei se tu dás quecas ou se fazes amor..."


Dúvida pessoal: não se pode dar quecas com amor?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

efeito-carrossel



A pior/melhor parte de chegar a casa depois de meia dúzia de Licores Beirões é deitar-me na cama e ver tudo às cores e a andar à roda. Laranja, verde, amarelo, azul... Weeeeeeee!!!!!!!!! Mas que ideia a minha de me armar em hippie...

domingo, 11 de novembro de 2007

"eu quero a rosa rosa..."


Lula Pena

Não sou pessoa de fado. Já me basta aguentar o meu... Mas, por vezes, quando me é dado a ouvir alguém que desconstrói o tradicional e volta a coser a música num engenhoso "patchwork", sustenho a respiração, fecho os olhos e deixo-me levar pela cintura. Aconteceu-me com A Naifa, cujo trabalho tenho acompanhado desde os primeiros rasgões na pele. E acontece-me agora com uma senhora-menina que já anda por cá (e por lá) há alguns anos, mas que só agora tive o prazer (e que prazer!) de conhecer.
Lula Pena, ontem à noite, no Cabaret Maxime, mostrou-me como um "bicho-do-mato" pode ter uma voz imensa e tragicamente aveludada, daquelas que nos arrepiam os pêlos dos braços e nos fazem não desviar os olhos do palco por um segundo que seja. Fado? Aquilo não é fado, é o que ela quiser, quando ela quiser. É Amália e Chico Buarque, é Fausto e Culture Club, em português, francês, inglês ou sotaque brasileiro. Quando a respiração dela se transformou em música, apaixonei-me por Lula Pena.

Adenda:

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

D. Charingo, Coração-de-Atum



É absolutamente ridícula a forma como o meu gato exerce o seu poder sobre mim.

Exemplo nº 1
De madrugada, a horas absurdas, mia como se o mundo fosse acabar. Objectivo: fazer com que eu me levante para lhe abrir a janela e ele poder ir passear para o telhado. Quando já estou quase a cortar os pulsos e desisto de dormir, levanto-me e abro-lhe a janela. E é então que ele, com o ar de desprezo mais odioso que eu já vi, se afasta de rabo alçado e andar gingão, na direcção da cozinha. Tipo: "Estás a ver como eu te faço levantar e agora me vou embora todo contente?..."

Exemplo nº 2
Se, eventualmente, estou numa onda mais masoquista e decido não me levantar, apesar das miadelas insistentes, é certo que vou sofrer represálias. Das duas, uma: ou o bicho vai ter comigo à cama, sentando-se "comodamente" em cima de mim (atenção, que são 6,5 kgs de gato!) até eu deixar de ter sensibilidade nos braços, nas pernas, ou onde quer que ele se tenha sentado; ou então, espertinho como é, salta em direcção à parede, fazendo tabela com as patas traseiras e indo aterrar, literalmente, em cima de mim. É capaz de repetir esta proeza por tempo indefinido, até eu desistir de me proteger debaixo do edredon e das almofadas e, num acesso de raiva momentânea, me levantar de repente e dar um grito de desespero.

Sim, é muito giro ter um gato...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

eat my dust!

Tenho um sério problema: normalmente, quando ponho uma coisa na cabeça, não descanso até a concretizar. Falo de coisas que dependem de mim, é claro, já que ser bem paga e conhecer o novo homem (ou mulher...) da minha vida estão a demorar mais tempo do que eu pensava... Bom, adiante!!
Sendo uma "urbano-caminheira" inveterada, achei que teria o seu interesse fazer um upgrade e passar a ser uma "urbano-pedaleira". Isto não soa nada bem, é certo, mas significa, basicamente, que comecei a pedalar para chegar ao longe. Após uma semana e tal de viagens matinais e vespertinas de casa para o trabalho e do trabalho para casa, eis um balanço dos prós e contras de andar de bicicleta em Lisboa.


imagem retirada daqui.

Prós
- Não contribuo para o aumento dos níveis de poluição (de qualquer forma, já pouco contribuia, uma vez que me deslocava de eléctrico);
- Poupo o dinheiro do passe mensal;
- Faço exercício físico - não que, com 48 kg precise de emagrecer, mas pelo menos desenferrujo - sem gastar dinheiro em ginásios;
- Apesar de tudo, demoro menos tempo a chegar aos locais, pois finto os engarrafamentos e os semáforos;
- Fico com um ar ainda mais cool!;
- Com sorte, talvez conheça um moço simpático que também goste de andar de bicicleta...

Contras
- Os dias soalheiros têm permitido as viagens de bicicleta. Mas quando começarem as chuvadas, lá terei de apanhar boleia do eléctrico novamente;
- No local de trabalho não há chuveiro, por isso, há que passar a andar com o desodorizante e mais uma t-shirt na mochila, sob pena de me pendurarem do lado de fora da janela para arejar;
- Transportar a "bicla" escadas acima e escadas abaixo no prédio onde vivo tem o seu lado incómodo, especialmente, quando se está a fazer equilibrismo para segurar a "máquina" e fechar a porta e o gato resolve pisgar-se cá para fora;
- A falta de espaço para ciclistas em Lisboa é escandalosa! Ok, isto não é Amesterdão, mas que tal dar um espacinho à malta em locais como, sei lá, a Av. 24 de Julho? Apesar de todas as minhas cautelas, já tive carros a passar a centímentros de mim a alta velocidade. Não preciso de uma ciclovia, só preciso que os automobilistas não façam questão de me atropelar... Até porque eu não valho muitos pontos e é uma chatice depois o asfalto ficar todo sujo.

Posto isto... se virem uma tipa gira de mochila às costas a pedalar por Lisboa, façam o favor de me cumprimentar! :))

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

escrever / rimar



"Tento empurrar-te de cima do poema
para não o estragar na emoção de ti:
olhos semi-cerrados, em precauções de tempo
a sonhá-lo de longe, todo livre sem ti.

Dele ausento os teus olhos, sorriso, boca, olhar:
tudo coisas de ti, mas coisas de partir...
E o meu alarme nasce: e se morreste aí,
no meio de chão sem texto que é ausente de ti?

E se já não respiras? Se eu não te vejo mais
por te querer empurrar, lírica de emoção?
E o meu pânico cresce: se tu não estiveres lá?
E se tu não estiveres onde o poema está?

Faço eroticamente respiração contigo:
primeiro um advérbio, depois um adjectivo,
depois um verso todo em emoção e juras.
E termino contigo em cima do poema,
presente indicativo, artigos às escuras."

poema de Ana Luísa Amaral

terça-feira, 6 de novembro de 2007

o meu reino por uma bola de espelhos!

Admito: há dias em que sou mesmo, mesmo foleira. Isto foi o que vim hoje a ouvir no caminho para o trabalho...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

frase do mês

"Gosto muito da pessoa que sou."